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Perdão

Doutrinal

Uma necessidade vital.

Todos nós enfrentamos situações onde o perdão é necessário. As ofensas talvez vão desde pequenas irritações no casamento até infidelidade, de palavras duras ditas pelos pais até anos de abuso às crianças. Isso pode ocorrer no playground, na sala de aula, no trabalho, na igreja. Mesmo que seja um desprezo de um amigo ou um abuso deliberado, todos nós encaramos circunstâncias nas quais se necessita do perdão. E cada situação nova requer uma decisão nova para fazê-lo.

Muitas pessoas carregam rancores por anos. Talvez eles tenham sido falsamente acusados ou maltratados. Talvez eles pensem que tenham boas razões para os sentimentos que estão dentro de seus corações. No entanto, a Bíblia não nos dá nenhuma desculpa para o ressentimento, inimizade ou falta de perdão, não importando qual tenha sido a provocação.

Jesus disse: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:14-15).

O que significa perdoar? Significa parar de sentir ressentimento contra um ofensor. Em outras palavras, desistir do desejo de vingança.

Todos nós precisamos do perdão. Nós nascemos pecadores e não temos nenhuma chance de entrar no Céu sem o perdão. Mesmo depois de sermos salvos e libertos do pecado, ainda será necessário sermos perdoados por decisões imprudentes, palavras inapropriadas e erros. Jesus estava nos dizendo que se queremos ser perdoados, nós temos que perdoar.

Mesmo sabendo que nós devemos perdoar, torna-se isto fácil? Podemos pensar que é o nosso direito ao menos deixar que a outra pessoa saiba que nos machucou. Talvez a dor seja tão profunda que o perdão pareça uma impossibilidade.

Jesus disse em Mateus 18:35 que o perdão deve proceder dos nossos corações. Como isso pode ser possível quando o coração se revolta contra o mesmo? Algumas vezes, não há uma maneira fácil de se ter um coração perdoador. O único caminho é através da oração. Algumas pessoas têm achado necessário orar dedicadamente por um certo tempo, pedindo por um espírito de perdão. Então, algumas vezes, mais orações têm que ser feitas para manter esse espírito. Quão rápido o inimigo poderá infiltrar a amargura em nossos corações novamente!

Não, o perdão não é fácil. Mas, qual é o resultado se nós não oramos até que possamos perdoar? A Bíblia nos diz que devemos ser zelosos “de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hebreus 12:15). Sem o perdão, a amargura cresce no coração. Em algum momento, aquele ressentimento brotará. E isto pode vir acompanhado por um outro desacordo que não tinha nenhuma relação com o ressentimento anterior e, consequentemente, pode-se resultar em uma atitude rude contra alguém. Qualquer que seja a forma, a amargura irá crescer. Se não for resolvida, isto irá resultar em uma pessoa sem perdão perante a presença de Deus. Que preço a ser pago!

Um espírito sem perdão irá também obstruir as nossas orações. Jesus advertiu: “Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Marcos 11:25).

Ainda que o perdão não resolva instantaneamente as complicações de todas as situações, ele nos liberta, para trabalharmos nelas, com a ajuda e a sabedoria de Deus. O perdão nos ajuda a deixar de lado as nossas defesas e a esforçar-nos em buscar soluções.

Jesus mesmo é o melhor exemplo de um coração perdoador. Sem pecado e santo, Ele foi acusado falsamente, açoitado e pregado na Cruz. Na Sua morte, em agonia, Ele chorou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Se nós queremos seguí-Lo, nós temos que procurar seguir o Seu exemplo.

Certa vez, Pedro perguntou ao Senhor quantas vezes ele deveria perdoar ao seu irmão. Ele sugeriu sete vezes, como se este seria um número generoso. Jesus respondeu “Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete” (Mateus 18:22).

Quatrocentas e noventa vezes! Alguém poderá vir e pedir o nosso perdão, e nós talvez respondamos: “Eu te perdoarei, mas . . . ” Deus não quer nenhum tipo de exceções no perdão. Se nós perdoarmos aos nossos inimigos, aqueles que maliciosamente nos usam e nos oprimem, nós teremos uma recompensa do nosso Pai Celestial. Se amarmos e formos amáveis somente com aqueles que nos amam e são bondosos conosco, não somos em nada melhores do que os pecadores, pois eles também fazem isso.

Se fizemos alguma coisa errada a alguém, é necessário buscar o perdão. “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta” (Mateus 5:23,24).

Algumas pessoas tem se retratado, mas nunca receberam o perdão. Se nós tivermos feito tudo o que estava ao nosso alcance para consertar a situação, obedecendo as instruções de Deus, então não há nada mais que possamos fazer. Se não podemos alcançar a reconciliação depois que nos humilhamos e confessamos, podemos deixar a situação nas mãos de Deus. Ele irá tratar com ela dali em diante.

A Bíblia não nos diz para questionarmos quem está certo ou quem está errado. O mais importante é fazer com que o errado seja corrigido, se possível. Temos que ter o amor de Deus em nossos corações para poder fazer isto. Nossas personalidades não são todas iguais, e algumas pessoas são difíceis de lidar. Precisamos relevar os erros dos outros e suas falhas. Todos nós temos algo que outros tem que tolerar em nós. Deus nos honrará se tivermos um espírito de clemência, amor e perdão.

Um espírito que não perdoa é uma ferramenta para o inimigo das nossas almas. Ele a usa efetivamente para distanciar as pessoas de Deus. Vamos derrotar a Satanás em vez de deixarmos que ele nos derrote. Escolha buscar a Deus pedindo um coração que perdoa.